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Web Summit 2022: Confira os destaques
PorRTM
Palco principal do Web Summit 2022, realizado em Lisboa. Imagem é capa da notícia sobre os painéis de destaque do evento.

Na maior edição de todas, com mais de 70 mil inscritos e aproximadamente três mil startups no centro de exposição, o Web Summit 2022 trouxe à Lisboa reflexões sobre quais serão as próximas tendências em tecnologia.  

Entre 1 e 4 de novembro, as maiores big techs, empresas e personalidades de diferentes países levaram debates importantes que permearam sobre evolução, ética e sociedade.   

Nosso CEO, André Mello, e nossa diretora de Negócios, Adriane Rêgo, estiveram no evento para acompanhar as mudanças que estão por vir.

Confira abaixo como foram alguns painéis que ganharam destaque.  

Olena Zelenska – Apelo no uso da tecnologia e inovação para salvar vidas 

A cerimônia de abertura do Web Summit 2022 foi marcada pela participação surpresa de Olena Zelenska, primeira-dama da Ucrânia, que fez um forte discurso sobre como inovação e tecnologia podem ser aplicadas para ajudar o país em guerra.   

“A ideia aqui é que suas inovações mudem o mundo, mas eu acho que é mais do que isso. Vocês têm o poder de determinar como o mundo se move. A Rússia coloca a tecnologia a serviço do terror”, declarou.  

Ela ainda lembrou que antes da guerra a Ucrânia era um dos polos de tecnologia da Europa e que, hoje, o país vive um cenário que se parece uma viagem ao passado, com a população à luz de velas devido aos cortes de energia.  

Em seu apelo aos participantes do evento, Olena pediu que profissionais de tecnologia utilizem seus conhecimentos para ajudar a salvar vidas na Ucrânia, mostrando, como exemplo, vídeos de jovens combatentes da guerra que sofreram mutilações e, hoje, estão em recuperação, utilizando próteses tecnológicas.  

“É uma era em que todos podem contribuir. É muito fácil achar projetos para colaborar nossa luta. Eu estou pedindo a vocês para ajudar nesses projetos. Ajudar a Ucrânia, hoje, é ajudar o mundo a se tornar um mundo melhor.”  

Changpeng Zhao – Q&A sobre mercado cripto e regulamentações em inovação 

Changpeng Zhao, CEO da Binance, ecossistema de blockchain e corretoras de criptomoedas, respondeu em um Q&A algumas perguntas sobre a crise do mercado cripto, que em 2022 teve queda de mais de 60%.   

“Cripto é a única coisa estável em uma realidade dinâmica. O valor pode mudar, mas a tecnologia é estável”, afirmou Zhao. Apesar deste período de ‘inverno cripto’, ele reforçou que é preciso ensinar aos investidores como lidar com as flutuações das criptomoedas e que o blockchain oferece transparência nas transações, favorecendo a confiança.  

Além de abordar a queda do mercado cripto, o executivo falou sobre o que acha de regulamentações para o controle da expansão do mercado cripto. Ele defendeu a luta contra medidas restritivas que impedem o fomento da inovação. “A tecnologia não tem a ver com estruturas ditatoriais. A tecnologia é neutra e quanto mais cedo as empresas adotarem essa nova tecnologia, mais poderosa ela será no futuro. O país se torna mais forte quando a economia está melhor”, explicou. 

A Binance nasceu na China e saiu do país após o governo suspender atividades de corretoras em 2017. 

Nicole Muniz – NFTs, metaverso e a estrada para uma Web3 ‘Disney’ 

A CEO da Yuga Labs, Nicole Muniz, responsável pela comunidade “Bored Ape Yatch Club”, que oferece um clube exclusivo de vantagens a donos de NFTs, quer que o universo digital da Web3, nova geração de internet baseada em blockchain, seja divertido e leve, como era a internet antigamente.  

“A Web1 era legal e boba, mas ficamos tão sérios. Queremos trazer a diversão de novo”, declarou.  

Mas para conseguir colocar isso em prática, a empresa que só ganha dinheiro com a venda e revenda de NFTs, precisa se diversificar. Uma das ações planejadas pela Yuga Labs é o lançamento de um metaverso chamado Otherside, com diferentes atividades e possibilidades para seus usuários se expressarem. Neste ambiente gameficado, todos serão bem-vindos e poderão elaborar seus avatares como quiserem.  

“Estamos diversificando ao construir coisas mais tradicionais em termos de receita, como entretenimento e criação de experiências”, disse Muniz.  

Rohit Prasad – Próximo truque de IA da Alexa: desaparecer  

“Nós queremos que essa IA (Alexa) esteja disponível em todos os lugares e para todos”, afirma Rohit Prasad, senior VP & head scientist da Alexa na Amazon. 

Em seu painel, Prasad deixou claro que o objetivo da Amazon é impulsionar o desenvolvimento de uma inteligência artificial ‘ambiente’ na Alexa, que se mistura de forma invisível ao dia a dia das pessoas, ajudando-as quando necessário e desaparecendo quando não precisa.  

E isso também vale não só para o lado prático, mas emocional. “Alexa não é só uma assistente de inteligência artificial, é uma sabedoria de confiança e uma companhia”, comenta o executivo ao explicar que a tecnologia está buscando estimular mais conversas ao invés de apenas dar respostas.  

Ele também apontou que a conexão com outros aparelhos é muito importante para continuar dando uma ampla utilidade à Alexa, indo além do serviço de voz.  

Herman Narula e Philip Rosedale – A verdade sobre nossa sociedade virtual

O fundador e conselheiro da Second Life, Philip Rosedale, e o CEO da Improbable, Herman Narula, debateram a história do metaverso e seus impactos na sociedade. Eles criticaram a forma com a empresa Meta está conduzindo a monetização da plataforma, muito baseada em anúncios assim como suas outras redes sociais.  

“Eles têm escolhas de monetização que fazem com que pensemos que as redes sociais são tóxicas”, disse Narula, reforçando que enxerga que o Facebook não quer informar ou entreter e, sim, lucrar.  

Segundo a opinião dos dois executivos, uma forma mais saudável para monetizar o metaverso seria a partir da venda de itens virtuais, prática comum em games e já realizada na plataforma Second Life. “Publicidade é um ciclo degenerativo, estraga sua presença no metaverso e não funciona”, afirmou Narula. 

Pavi Dhiman, Benjamin Chemla, Nick Jones e Uptin Saiidi – O que você precisa saber sobre os investidores da Geração Z  

A chamada Geração Z, de pessoas nascidas entre 1995 e 2010, é a mais alfabetizada em tecnologia até o momento. Crescer conectado à internet significa ter acesso a muitas informações. Mas como isso afeta em termos de investimentos?  

Pavi Dhiman, uma estudante do programa The Knowledge Society, disse que uma das principais características desta geração é se preocupar com a sustentabilidade das empresas e suas relações com problemas sociais. “As gerações anteriores se preocupavam muito com dinheiro. É claro que nós da Geração Z nos preocupamos também, mas acompanhamos o que a companhia está olhando, o que ela está fazendo pra ajudar a sociedade”.  

Os jovens da geração Z tendem a ser mais críticos com as empresas com as quais pretendem investir. Mas eles também costumam definir suas escolhas a partir de conselhos de pessoas próximas ou que consideram “confiáveis”, o que nem sempre é muito seguro. 

Benjamin Chemla, co-fundador do aplicativo Shares, acredita que quase todas as decisões feitas por essa geração passam pela influência das redes sociais, incluindo quando é sobre investimentos.  

Brad Smith – Inovando nossa saída para a crise do carbono 

O presidente da Microsoft, Brad Smith, foi ao Web Summit fazer um alerta: “Em 2050, o mundo precisa ser carbono neutro. Precisamos reverter o que aconteceu nos últimos 300 anos”.  

Smith reforçou ao longo de sua palestra como a Microsoft vem se organizando para a criação de novas ferramentas, tecnologias e habilidades que ajudem a diminuir a dependência do carbono e o aquecimento global. Ele citou o investimento em cinco startups que possuem o propósito em comum de reverter este cenário para soluções sustentáveis: Planet, Seeds, Lanzajet, ClimeWorks e TerraPraxis.  

“Vai ser difícil, mas pode ser feito. Depende de nós e depende de vocês”, reforçou.  

Fontes: Meio e Mensagem, Época Negócios, Valor Investe.  

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