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Web 3.0: o que é e qual sua influência no mercado financeiro?
PorRTM
Executivo lê em tablet artigo sobre a influência da Web 3.0 no mercado financeiro.

A Web 3.0 promete acentuar mudanças profundas no mercado, com diferentes possibilidades de interação via internet. Este novo capítulo da história digital será direcionado essencialmente pela descentralização das redes e por relações econômicas mais livres. 

Por essa razão, esse é um tema representativo para players do mercado financeiro. E os números comprovam o impacto da moeda digital e da internet do futuro, ainda em fase de desenvolvimento.

Até 2022, cerca de três trilhões de dólares foram movimentados globalmente pela “nova internet”, e mais de 300 milhões de pessoas no mundo já detém alguma criptomoeda, de acordo com dados compartilhados pela sócia da McKinsey em São Paulo, Marina Mansur. 

O que isso quer dizer e o que podemos esperar a médio e longo prazos? Informe-se em detalhes sobre o que é a Web 3.0 e de que maneira esse formato definirá outros rumos para as relações financeiras com a leitura deste artigo.

O que é a Web 3.0?

A Web 3.0, Web3, internet do futuro ou ainda a web semântica, é uma plataforma de internet que está em construção e que tem como objetivo descentralizar as redes e as informações disponíveis nelas. Para isso, ela promete:

  • manter uma rede aberta de dados;
  • liberar protocolos;
  • fornecer aos usuários total controle sobre suas informações pessoais. 

O que antes era armazenado por um único servidor em endereços fixos, passará a ficar sob o resguardo de redes construídas coletivamente. Para operacionalizar tudo isso, estão sendo combinados recursos tecnológicos como:

  • criptografia;
  • blockchain;
  • Machine Learning (ML), ou Aprendizado de Máquina, em português;
  • Inteligência Artificial (IA).

A ideia é justamente reduzir ao máximo (ou mesmo eliminar) a intermediação entre usuários. São avanços tecnológicos capazes de revolucionar modelos de negócios da era Web 2.0, trazendo novos desafios para lideranças empresariais e governamentais. 

A Web 3.0 pretende, por fim, erradicar monopólios de informação, cenário comum hoje com a coleta e armazenamento de dados por parte das grandes companhias de tecnologia (big techs). 

Quais as principais características da Web 3.0?

Podemos fazer uma rápida comparação para compreendermos melhor quais são os atributos da internet do futuro e o que a torna diferente do modelo atual:

Aspecto do protocoloWeb 2.0Web 3.0
Modelo de confiançaServiços, servidores e softwares são centralizados em empresas nas quais o público precisa confiar. O protocolo descentralizado cria relações de confiança entre pessoas, sem o intermédio de uma corporação ou outra autoridade.
GovernançaGigantes digitais detém o poder da informação. A governança é distribuída aos detentores de tokens, e cabe a organizações autônomas e descentralizadas. 
Modelo de negóciosOs dados de clientes são armazenados pelas grandes corporações e utilizados para geração de receita. A integridade das transações é garantida por validações executadas pela própria rede blockchain. 
Sistema financeiroCentralizado em bancos e outras instituições financeiras regulamentadas. Executado por contratos inteligentes e protocolos blockchain, sem pagamento ou controle de intermediários. 
MoedaMoeda gerida por uma organização central, submetida ao governo. Criptomoedas incorporadas em blockchain descentralizados. Os usuários podem atuar como seu próprio banco, mas têm também a opção de delegar essa função a uma central.

Fonte: Gartner 

Em resumo, essas características da Web 3.0 são viabilizadas por contratos inteligentes e conexões facilitadas entre cadeias. Com soluções de escalabilidade e sistemas seguros, tem-se a garantia de preservação e confiabilidade das informações dos usuários. 

Como a internet do futuro influencia o mercado financeiro?

Vamos partir do exemplo do Bitcoin (BTC), o primeiro caso de uso da blockchain em toda essa trajetória. A moeda digital surgiu como uma inovação: frente ao padrão das moedas fiduciárias, mostrou-se como uma alternativa contra o controle de empresas e governos. 

Essa é uma característica comum a todas as cryptos (criptoativos ou criptomoedas). Podemos concluir, portanto, que uma relação difundida entre a população com criptoativos eliminará a necessidade e as funções de autoridades centrais e grandes corporações.

Além de não estarem vinculadas a instituições, as operações financeiras com ativos digitais são menos suscetíveis a fraudes. Isso é decorrente da imutabilidade da rede blockchain, ou seja, quando uma informação é registrada no banco de dados, não pode mais ser alterada. 

Somando-se às criptomoedas, existem também outros casos de aplicações a serem listados, como:

  • dApps;
  • DeFi (Decentralized Finance, ou Finanças Descentralizadas em português) ;
  • Metaverso;
  • NFTs (Non-Fungible Tokens, ou, em português, tokens não fungíveis). 

>> Confira o que o Marco das Criptomoedas prevê para a regularização da DeFi!

Quais mudanças ainda podem ser ocasionadas pela Web3 no mercado financeiro?

As configurações da nova internet poderão catalisar renovações no mercado. Confira algumas previsões nos tópicos a seguir!

Ecossistemas globais

Um mundo mais disponível digitalmente fica, também, mais próximo. Saber usar isso a favor e replicar tecnologias com linhas de código aberto favorece parcerias e expansões

As instituições financeiras que demonstrarem adaptabilidade com propostas inovadoras poderão impulsionar o crescimento mais facilmente em um sistema financeiro democratizado

Com isso, terão mais força e criatividade para buscarem reinvenções e continuarem ativas em um novo modelo. 

Diferentes modalidades de renda

É de se imaginar que as pessoas terão acesso a novas opções de pagamento. A troca de tokens, por exemplo, vai viabilizar transações de qualquer tipo a partir de um código, finalidade da tokenização de ativos

Alternativas de renda passiva podem surgir, o que vai interferir em carteiras digitais e implicar em alterações causadas pela transformação digital na indústria de fundos de investimentos

Pagamentos digitais

Outra disrupção a ser provocada pela iminência da Web3 é a interoperabilidade das transações financeiras, que tendem a ser mais acessíveis à população em geral. A principal diferença ficará por conta dos pagamentos transfronteiriços.

Os valores serão processados mais rapidamente e serão livres de taxas, sendo transferidos ponto a ponto entre duas pessoas de qualquer lugar do mundo que só precisarão de conexão com a internet. 

Diante de tantas projeções, enquanto a Web 3.0 passa pela fase de desenvolvimento, o momento é de ampliar o conhecimento e buscar parceiros para identificar as oportunidades desde já.  

Então, que tal começar agora a se aprofundar em temas que possibilitem tornar o seu negócio mais inovador? Separamos um material que pode ser útil:

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