
A tecnologia tem permitido que os usuários tenham cada vez mais autonomia para escolher os serviços que querem utilizar. O consumidor pode contratar um serviço de streaming de vídeos por exemplo, e usar pelo tempo que quiser, cancelar e migrar para outra plataforma. Já com os serviços financeiros não é possível ter tanta mobilidade, pois as informações são mais sensíveis.
Entretanto, o conceito de open banking pretende mudar isso, tornando os usuários de serviços bancários mais autônomos. A ideia é que o usuário tenha liberdade para levar suas informações para outro banco quando quiser. Diante disso, como os bancos devem agir para manter as informações dos clientes em segurança? Neste artigo, você vai entender o que é open banking e porque ter um ambiente seguro para o usuário é ainda mais importante. Confira!
O que é Open Banking?
Quem já tentou migrar de um banco para o outro sabe a burocracia que envolve esse processo. O cliente precisa deixar tudo para trás, fechar suas contas, cancelar cartões e começar um novo relacionamento do zero.
A maior desvantagem disso é que o histórico que o cliente construiu no banco anterior não pode ser levado para a nova instituição. Ou seja, o cliente pode ter um ótimo histórico no primeiro banco, mas não vai servir na abertura de sua nova conta.
O open banking pretende resolver esse problema. De forma literal, open banking significa “banco aberto” ou “sistema bancário aberto” e consiste em oferecer maior liberdade para que o cliente possa levar suas informações para onde quiser.
A ideia é que todo sistema financeiro conte com uma tecnologia padronizada que permita fazer a portabilidade dos dados do cliente de um banco para o outro. Assim, o cliente não deixaria todo seu histórico para trás ao mudar de instituição.
Quais são as vantagens do open banking?
O open banking não é um modelo único. Vários países, inclusive o Brasil, estão analisando formas de implementar esse conceito. As principais vantagens para os bancos e seus clientes, são:
- Liberdade e autonomia para os clientes: uma das maiores barreiras que os clientes enfrentam na hora de migrar de banco é a burocracia. Não é tão simples deixar um banco e ir para outro. Além disso, o cliente perde todo o seu histórico, um fator que acaba sendo um impeditivo para muitas pessoas que desejam fazer uma migração. O open banking torna o processo mais simples.
- Redução de custos: o open banking é um modelo baseado em APIs abertas, com isso, os sistemas são mais integrados. Dessa forma, a migração das informações se torna mais rápida e barata.
- Estimula a competição: o open banking permite que o cliente se prenda apenas ao serviço que é mais conveniente e interessante para ele, e não pela burocracia do banco. Com isso, as instituições precisam investir mais em serviços de qualidade para fazer com que seus clientes queiram permanecer na empresa.
Apesar das vantagens que o modelo oferece, é preciso ter cuidado com a segurança da informação da instituição.
Como garantir a segurança das informações em ambientes open banking?
A oferta de um ambiente open banking deve priorizar a segurança dos dados dos usuários, mesmo que eles tenham a possibilidade de levar as informações para outros ambientes. Os países que estão testando o modelo, como a Inglaterra, já têm criado leis e regras para impedir que as informações dos clientes sejam usadas de forma indevida.
Uma prática que deve ser adotada pelas instituições, por exemplo, é cortar o acesso aos dados do cliente que não estiver mais sendo atendido pela empresa.
No Brasil, o Banco Central tem planos de iniciar o uso do modelo até 2021, com objetivo de mudar a forma como o cidadão se relaciona com o sistema financeiro, a maneira como as instituições se comunicam e estimular a redução de custos no serviço.
No início de 2020, a instituição publicou uma consulta pública para analisar a viabilidade do projeto, que tem como base a Lei Geral de Proteção de Dados. A LGPD garante maior autonomia e poder sobre os próprios dados aos cidadãos, ao mesmo tempo em que garante a segurança de suas informações, evitando que sejam manipuladas de forma arriscada.
Para as empresas que serão diretamente afetadas pelo novo modelo, o enquadramento na lei é tão necessário quanto o uso de ferramentas de proteção e segurança de dados.
Ter conhecimento sobre as tecnologias que aumentam a segurança dentro das instituições financeiras será fundamental para quem quer se manter competitiva e interessante para o público.
Veja mais informações sobre o projeto no e-Book “Panorama do Open Banking: avanços e perspectivas para o Brasil“.