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Muito além da agilidade: o que o modelo de business agility tem a oferecer
PorRTM
A imagem mostra a sombra de três executivos conversando sobre negócios.

Em uma época de transformações tecnológicas muito rápidas e demandas de clientes cada vez mais exigentes, as organizações precisam dar respostas rápidas às necessidades do mercado. Para garantir que isso aconteça, tem sido comum a adoção de modelos ágeis de gestão. Mas nem sempre a rapidez na execução de demandas é sinal de uma estrutura verdadeiramente ágil. Por exemplo: de que adianta ter várias áreas que conseguem realizar tarefas com velocidade se a comunicação entre as equipes é ruim, a priorização é pouco estratégica e no final os desejos do cliente não são atendidos?

Implementar um modelo efetivamente ágil vai muito além de criar processos eficientes. E é aí que entra o conceito de business agility: uma maneira de estruturar a organização que mexe com a forma como as pessoas enxergam o que fazem. Em poucas palavras, business agility tem a ver com a relação de uma organização com a mudança: como ela se adapta, cria e incentiva a inovação, sempre pensando no que é melhor para o cliente.

Quer saber mais? Conheça alguns dos fundamentos do método que está transformando organizações no mundo todo.

Valores, princípios e práticas

O conceito de business agility muitas vezes é entendido como uma espécie de guarda-chuva abrangendo metodologias que tiveram origem nas áreas e empresas de tecnologia. Porém, mais do que simplesmente um conjunto de métodos de gestão, a ferramenta propõe uma visão que parte dos valores para as práticas, passando pelos princípios que norteiam a cultura da organização. 

Para entender como isso funciona no dia a dia, podemos exemplificar alguns valores como transparência, credibilidade e respeito. Essas são as bases do modelo, as crenças que irão nortear o modo de trabalhar em determinada organização. Em seguida, avançamos para princípios como foco no cliente, aprendizado contínuo, times colaborativos, entre outros. Por fim, podemos entender quais são as práticas a serem adotadas, em linha com os valores e princípios que fazem parte da cultura organizacional. Ou seja, escolher uma metodologia ágil (design thinking, scrum, stand-up ou outra) não é como olhar para o cardápio de um restaurante e decidir qual opção parece melhor. É preciso haver alinhamento total à forma como a organização enxerga seus processos e como as coisas são feitas.

Business agility: Gestão integrada

Embora business agility tenha surgido em função de necessidades de gestão de equipes de TI, muitas empresas estão adotando o conceito de forma integrada, para a organização como um todo. Segundo o Business Agility Report 2018, já se pode identificar uma série de benefícios trazidos pelos investimentos na metodologia: melhorias na maneira de trabalhar, aumento da satisfação tanto de colaboradores quanto de clientes e melhor desempenho no mercado.

Isso porque, na prática, business agility é uma forma de olhar para a organização como um todo, valorizando mais as pessoas e menos os processos e ferramentas. Também vale mais ter flexibilidade e responder às mudanças do que seguir à risca um planejamento. Como se pode ver, essas são competências de gestão que precisam ser aplicadas à empresa de forma integrada, e não em áreas específicas, para atingir um desempenho realmente competitivo. Essa visão integrada traz eficiência para o negócio como um todo, e pode ser especialmente positiva para atividades como gestão de pessoas, gestão financeira e marketing, como demonstrou o relatório.

O cliente no centro do negócio

No atual cenário de incertezas e mudanças constantes, as organizações tradicionais precisam se transformar para permanecerem competitivas. A diferença, quando se trata da mudança gerada pela business agility, é que ela começa nos processos e operações, passa pelo modelo de negócio em si, e vai até o cliente para entender as necessidades reais do mercado. Essa forma de atuar tem como resultado um modelo que se traduz em inovação real e constante.

A visão que coloca efetivamente o cliente no centro do negócio — e não os acionistas, como muitas vezes acontece — consegue identificar as verdadeiras propostas de valor e, com isso, entregar soluções que realmente se diferenciam da concorrência. Essa mentalidade, quando se alastra por todas as equipes, proporciona resultados muitos mais eficazes que os trazidos por um foco estritamente na gestão financeira.

Aprendizado permanente

Quando o business agility se torna parte da cultura de uma organização, já não se trata mais da simples capacidade de adaptação a um novo cenário externo. É um estado permanente de aprendizado que leva à inovação constante. Uma empresa verdadeiramente ágil é capaz de inovar várias vezes, pois tem a flexibilidade e a mudança como princípios, tanto nas lideranças quanto na base.

Vale destacar que esse aprendizado precisa ser baseado em fatos e dados, mas com foco na interpretação, e não apenas em métricas que com o tempo se tornam vazias de significado. Para entender o cliente, o mercado e as tendências que impactam o negócio, é preciso aprender a ler os números e compreender o que eles dizem sobre o comportamento das pessoas. Assim, o sucesso ou o fracasso deixam de ser variáveis sobre as quais se tem pouco controle e passam a indicar caminhos tanto para manter bons resultados quanto para reverter conjunturas negativas.

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