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A evolução do mercado de meios de pagamento brasileiro
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Com o aumento das possibilidades de fazer o dinheiro circular para além do físico, limitações como horário ou lugar deixaram de ser problema. Em pouco tempo, a evolução dos meios de pagamento no Brasil segue em direção à desmaterialização do dinheiro.

E mais do que isso, tivemos um elemento catalisador: a indústria de pagamentos foi sensivelmente afetada pela pandemia, que acelerou o movimento do dinheiro para os pagamentos digitais.

Cartões de crédito, Mobile Banking e PIX são marcos que ajudam a compor os caminhos dessa evolução. E os dados não mostram nada diferente disso: o volume de transações sem dinheiro em espécie dobrará até 2030, como mostra estudo da PwC e a Strategy.

Os avanços nos meios de pagamento criaram um ecossistema complexo em torno de si, que inclui aplicativos e sites, sistemas de segurança da informação e antifraude, produtos com tecnologias emergentes e por aí vai.

Para as instituições financeiras, tanto espaço significa uma coisa: oportunidade de acelerar o passo dessa evolução para a verdadeira disrupção. Mas para entender por onde estamos indo, é preciso analisar os principais atores dessas mudanças. 

Por isso, ao longo do post vamos apresentar os fatores-chave do mercado, as tendências que vão acelerar essa trajetória e como as empresas devem se preparar. Boa leitura!

Evolução dos meios de pagamento no Brasil: quais foram os fatores-chave no mercado?

Os órgãos reguladores e o desenvolvimento da tecnologia influenciam — e têm influenciado — o mercado de meios de pagamentos que viabilizam os negócios. Hoje, há diversas opções de meios de pagamento que fogem das cédulas, tais como:

  • Cartões de crédito e débito;
  • Leitura de código QR;
  • Transferência eletrônica convencional (DOC e TED);
  • Vários tipos de carteiras digitais; near field communication; pagamento instantâneo (PIX)
  • Pagamento por biometria;
  • Pagamento in-app.


Isso deixa bem claro que não foi por um simples acaso que a nota de R$ 200, lançada em 2020, não teve força.

Hoje, existe um consenso sobre a necessidade de continuar a acelerar a evolução dos meios de pagamento. A pandemia, obviamente, deu tração a alternativas digitais que talvez ainda demorassem para ganhar popularidade.

Mas há um elemento que jamais deve ser desconsiderado: o consumidor. Embora dinheiro seja dinheiro, físico ou digital, a preocupação com o atendimento também tem papel fundamental.

Além dos meios de pagamento no Brasil serem, em regra, o primeiro ponto de contato das pessoas com o sistema financeiro, todo mundo espera e até exige resolver suas negociações de maneira fácil, rápida e segura, em um experiência sem fricção.

Dado esse protagonismo dos usuários, podemos observar que a evolução dos meios de pagamento continua caminhando para um destino prático e próprio do ambiente online.

Se a economia e o desejo do consumidor é digital — e as transações financeiras também —, por outro lado, não dá para negar que muitas das evoluções nos meios de pagamento citadas vieram para responder a mudanças regulatórias, como o PIX.

Tendências de mercado que vão acelerar a evolução dos meios de pagamento no Brasil

A verdade é que as instituições financeiras vão precisar conectar essas soluções isoladas em uma arquitetura de pagamentos que vá além da mera conformidade com o regulador. Ao mesmo tempo, ela precisa ir em direção à criação de um ecossistema de meios de pagamento cada vez mais barato, fácil e focado nos consumidores. 

Logo, isso significa a existência de um espaço aberto para uma robusta estratégia de transformação de pagamentos.

Mas quais são as tendências que propiciam a organização desse espaço? Vamos ver a seguir!

Carteiras digitais

Embora não tenham sido criadas recentemente, as carteiras digitais seguem se renovando e, assim, mantêm-se no horizonte do futuro quando o assunto é o mercado de meios de pagamento no Brasil.

Atualmente, elas são possíveis por meio de aplicativos disponíveis na Apple Play ou Google Play, permitindo com que as pessoas façam pagamentos com uma simples aproximação nos smartphones e até relógios digitais — é aqui que reside a praticidade da tendência.

Dados da pesquisa Opinion Box Insights: Carteiras Digitais mostram que, dos entrevistados, 35% das pessoas entrevistadas já usam mais as carteiras digitais do que os próprios bancos no dia a dia. E tudo indica que esse número continuará crescendo nos próximos anos.

Open Banking

O Open Banking também chega como uma solução de compartilhamento dos dados bancários dos usuários. A ideia é que ele funcione também como catalisador para a evolução dos meios de pagamento, sobretudo com sua radicalização no Open Finance.

De acordo com uma pesquisa encomendada pela Quanto, 65% dos brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados para obter melhores taxas. Sendo assim, parece ter uma boa adesão do público.

Embora ainda exista uma agenda já em curso, é um processo que vai entrando no cotidiano dos usuários ao longo do tempo. O desafio para o regulador é determinar como essa facilitação será benéfica para o consumidor e como a segurança no trânsito de dados sigilosos será endereçada.

Moedas digitais

As moedas digitais também merecem destaque entre as tendências do mercado. Não é à toa que 60% dos bancos centrais estão avaliando o uso das moedas digitais e 14% estão realizando testes-pilotos, como também mostra o relatório da PwC e a Strategy.

Estamos falando de uma substituição não só do dinheiro físico, mas também do que entendemos como dinheiro. Entram aqui exemplos disso Bitcoin, Ethereum, Tether e USD Coin, que trazem oportunidades para novos mercados.

Com elas, também surgem novos desafios: a descentralização das finanças e as criptomoedas privadas aumentam os riscos dentro da condução da política monetária.

Pagamentos instantâneos

Os pagamentos instantâneos já são muito fortes no Brasil, graças ao PIX. Agora, não é preciso mais esperar 3 dias para receber uma transferência e, sim, apenas alguns segundos. Seja qual for o dia ou horário da semana.

A verdade é que é indiscutível a força desse tipo de pagamento desde sua criação, em 2020: segundo o Governo Federal, em fevereiro de 2021, ele já foi considerado o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.

Ao pensarmos nos tipos de transações semelhantes, como o TED e DOC, já é possível entender que já se tratam de meios obsoletos. Logo, essa solução abre espaço para outras modernidades, ao mesmo tempo que elimina outras.

Buy Now Pay Later

Para fechar as tendências, também precisamos falar sobre a tendência do Buy Now Pay Later, um modelo de pagamento parcelado. Aqui não estamos falando de cartão de crédito, mas de uma tecnologia que chega para o boleto de parcelamento.

Esse tipo de compra costuma ser intermediada por meio de fintechs. Assim, é feita uma compra digital dividida e o pagamento não precisa ser feito imediatamente. Ou seja, o pagamento pode ser feito — sem juros — ao longo de um período que pode variar entre 30 dias e 12 meses. É uma tendência mundial e que deve impactar o Brasil. Mas a verdade é que esse é um termo novo, porém, o processo já é um velho conhecido do mercado.

O futuro dos meios de pagamento

Quem tem o meio de pagamento, tem o cliente. O futuro, portanto, é marcado tanto pelo foco nos clientes como na consequência disso: praticidade e digitalização dos processos — até mesmo compartilhamento deles, desde que feito com segurança.

De carteiras digitais até BNPL, há muito o que se consolidar. Mas se você quer entender ainda mais o tema, leia nosso infográfico “A evolução dos meios de pagamentos ao longo dos anos (e as perspectivas para o futuro)”! Baixe agora e confira todos os detalhes dessa transformação nos meios de pagamento. 

 

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