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5 mitos e verdades sobre a computação em nuvem nas empresas
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Velocidade e agilidade levaram as organizações para a computação em nuvem. Segundo o levantamento Cloud Adoption in 2020, da O’Reilly, “o uso da cloud é extraordinário”: mais de 88% das empresas que responderam à pesquisa usam cloud de uma forma ou de outra e esperam aumentar seu uso ao longo do próximo ano, sendo que 25% dos respondentes pretendem mover todas as suas aplicações para o ambiente.

Todo esse sucesso, por vezes, deixa esconder a juventude da cloud no ecossistema tecnológico. Pouco mais de dez anos atrás, mal se falava no assunto – ou melhor, a cloud sequer era possível.

Talvez seja esse o motivo pelo qual tantosmitos sobre computação em nuvem ainda povoem o imaginário das organizações, muitos deles oriundos da falta de um padrão sobre o que significa uma implementação de cloud bem sucedida. Como resultado, de acordo com dado da McKinsey, grandes companhias ainda hospedam somente de 10% a 15% de seus sistemas na cloud.

Neste post, falaremos dos principais mitos – os que ainda resistem -, que impedem uma adoção ampla e efetiva da tecnologia. Mais que isso, traremos as verdades por trás de cada um deles.

5 mitos e verdades sobre computação em nuvem

1.    Segurança na cloud é pior do que on-premise

O primeiro mito sobre nuvem é sobre a segurança. De fato, o 2020 Cloud Security Report mostra que 52% das organizações acham a cloud menos segura do que os data centers on-premises e que 75% delas estão preocupadas com isso.

A verdade é que a maioria das empresas entrega o cuidado de suas aplicações na nuvem a seus fornecedores. Isso porque não reúnem nem expertise nem budget para fazer melhor – mesmo que a responsabilidade seja delas também. Normalmente é em configurações inseguras realizadas pelas empresas que está o grande problema ou, como disse a Gartner, 99% dos problemas com segurança da cloud.

Mas também é verdade que, apesar de todo o investimento dos provedores em itens de segurança ser muito mais do que as organizações podem fazer, a cloud não é totalmente blindada.

Extremamente concentrada, a infraestrutura pode sofrer grande impacto no caso de ataques. Além disso, soluções em segurança nativas são boas apenas para uma única nuvem. No caso de multicloud, somar recursos não nativos é fundamental.

2.    Cloud dificulta o compliance

Uma outra preocupação, sobretudo de setores como o financeiro, que precisam garantir a segurança de dados sensíveis, é com o compliance. Com regulações como a LGPD, por exemplo, o uso da cloud fica limitado a certas regiões, sequer é uma possibilidade ou ainda não vai ao encontro dos requisitos de conformidade dessas organizações.

De fato, muita coisa mudou nos últimos anos em termos de regulação. Mas não para inviabilizar o uso da cloud, e sim ao contrário. O que se nota é uma modernização necessária das regulações, que visa dar segurança e confiança para instituições que pretendem usar a tecnologia.

Para selecionar a opção cloud e as tecnologias certas, é preciso estabelecer um diálogo sobre os requisitos regulatórios com stakeholders e, ainda, confiar em um modelo de governança.

3.    É inviável gerenciar gastos com computação em nuvem

Uma das vantagens que a cloud pode proporcionar é a economia, vinda do uso sob demanda, da visibilidade maior dos gastos em TI e das ferramentas, seja dos provedores, seja de outros fornecedores, para gerenciar e prever custos. Mesmo assim um mito resiste: o de que é praticamente inviável gerenciar gastos com cloud.

A verdade é que muitas organizações que fazem sua migração para a nuvem obtêm resultados medíocres em redução de custos porque carecem de gestão de gastos com cloud.

Por trás disso há algumas dificuldades, como selecionar os recursos errados pelas razões erradas, não ligar o gasto ao motivo do gasto, ter muitas possibilidades de combinação de recursos, excesso do provisionamento etc.

Por isso, de acordo com a Gartner, 80% das empresas vão ultrapassar seu budget para cloud em 2020. E, continua a consultoria, se até 2024 elas não otimizarem suas aplicações em nuvem, vão continuar sem ver ROI positivo. Esse resultado é corroborado no State of the Cloud, da Flexera, em que 82% dos executivos afirmam ter os gastos com cloud como principal desafio.

4.    É preciso ter um time de TI muito grande para gerenciar

Sobretudo em pequenas e médias organizações sobrevive o mito sobre nuvem de que é preciso um grande time de TI só para gerenciá-la. Isso não é verdade. Pelo contrário, a possibilidade de economia aliada à escalabilidade tem democratizado e flexibilizado o processo de inovação – antes restrito a empresas que tinham, mais do que equipe, possibilidade de otimizar ou investir em grandes data centers.

A cloud torna isso possível para todos, porque boa parte do trabalho é terceirizado aos provedores, de modo que por vezes a equipe de operações e de estratégia cloud sequer são necessárias.

O gerenciamento da cloud, no entanto, pode ser uma dificuldade para as organizações, como vimos, mas não é verdade que precise de um grande time de TI para executá-lo.

Algumas razões tornarão a criação de um time essencial, como: necessidade de suporte contínuo, relevância para os negócios, alto nível de riscos etc. De qualquer forma, contar com parceiros especializados dá a segurança de suporte rápido e eficaz.

5.    Sistemas críticos não podem estar na nuvem

Mover sistemas críticos para a cloud significa tirá-los do perímetro da companhia. Para muitos, isso é inviável.

A verdade é que há cada vez menos benefícios em manter uma infraestrutura local. E não apenas em termos de infraestrutura, mas de flexibilidade de escala, automação e estabilidade. Não por acaso, segundo a pesquisa da IDG, 54% das aplicações que hoje estão em cloud não nasceram nelas. E não há dados que indiquem que essas organizações estão voltando para data centers on-premises.

Mas isso tampouco quer dizer que apenas os sistemas que estão na cloud são bons. Há casos em que uma solução não cloud é melhor e mais barata, como em aplicações que não vão mudar. Sistemas críticos, em particular, podem ser migrados em fases para a cloud ou terem soluções híbridas, que são um meio de obter as vantagens de uma cloud pública e ao mesmo tempo de proteger dados sensíveis em uma cloud privada.

Então, a pura cloud não precisa ser a única opção. Mas, se for, será necessário avaliar que sistemas podem ser simplesmente migrados, refatorados ou reescritos.

Leia também: Edge Computing: como essa tecnologia pode transformar as instituições financeiras

A verdade por trás dos mitos sobre computação em nuvem

A cloud está sendo cada vez mais percebida como o novo normal das organizações, o que tem impulsionado a ampliação da migração para o ambiente.

Porém, como vimos, vários mitos subsistem. Sob muitos deles há certa dose de verdade, que deve ser pesada de acordo com o contexto da organização.

Se você desejar aprofundar seus conhecimento sobre nuvem, vá além e leia nosso e-book Descomplique sua migração para a cloud.

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